EU ASSISTI GRAVIDADE, E SIM, EU ESTOU ATRASADO!

Alfonso Cuarón mexe com nossas emoções, nos deixando boquiabertos com cenas impressionantes e tensos ao ponto de roer as unhas até a pulso.

Durante uma manutenção de rotina no telescópio Hubble, a Dra. Especialista Ryan Stone e o veterano Matt Kowalski são alertados que um satélite russo havia sido destruído e seus destroços estavam em orbita, mas que não precisavam se preocupar. Porém, uma reação em cadeia causada pelos destroços e o que parecia inofensivo se torna um grande terror em gravidade zero. A rajada de detritos acaba acertando a equipe, Dra. Stone acaba se soltando e ficando a deriva no espaço.


Esse é o tipo de filme que exige total imersão e atenção do telespectador, abusando da tensão causada pelo silencio do espaço, que não é uma coisa difícil de se acontecer, pelas cenas desenrolando com uma maestria absurda. 

Mostrando a imensidão do Universo de uma forma claustrofóbica, solitária e aterrorizante.
Clooney apesar de não estar no papel de protagonista esta bem em sua breve aparição, porém sua atuação não está aos pé do fantástico trabalho que Sandra Bullock fez.

Bullock, que parece não envelhecer, está perfeita no papel da Dra. Stone e mostra justamente o poque de sua indicação ao Oscar. A evolução de sua personagem é fascinante, que passa de uma novata descuidada e aterrorizada para uma em pessoa centrada, segura e mais relaxada para realizar os precedimentos que a salvaria daquele inferno.

Não é de hoje que sou fã do trabalho de Cuarón, desde Filhos da Esperança e sua intermináveis e bem ensaiadas cenas sem cortes até a tocante e sensível historia de E Sua Mãe Também. É um diretor, que em 19 anos de carreira, mostra competência em todos os trabalhos. Veja por exemplo Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban, que apesar de ser o terceiro do bruxinho, ao meu ver é o melhor filme da serie.  
Gravidade é um filme espetacular, com a parte técnica impecável e uma trilha sonora extremamente bem encaixada quando necessária. Com um roteiro sem extravagância e mistérios, também não há motivos, por ser um filmes extremamente atrativo pelo seu visual.


E pra finalizar algumas curiosidades:

O roteiro por Alfonso Cuarón e seu filho, Jonas Cuarón.

Originalmente, Angelina Jolie foi escalada para o papel, mas optou não continuar. E depois de muitas atrizes escaladas, como Olivia Wilde e  Natalie Portman, que recusou o papel possivelmente porque estava grávida. Sandra Bullock foi escolhida para o papel.


O personagem de George Clooney seria originalmente de Robert Downey Jr. Porém Downey Jr. deixou o papel por se dizer incompativel ao estilo de atuação que pedia a produção.


Sandra Bullock  teve que aprender a se movimentar lentamente. Sendo que a atris teve dificuldades de mover o corpo em um rítimo mais lento do que ela falava.







Um comentário:

  1. Muito legal a análise. Uma coisa que acho estranho em crítico de cinema é que a maioria deles fala 90% do tempo sobre coisas que não estão no filme e sobre atores que não têm nada a ver. Por exemplo você vai ler sobre uma comédia brasileira e o sujeito fica falando sobre como Marlon Brando estava perfeito em O Poderoso Chefão. É bom saber que estão surgindo blogs digamos, alternativos em que os comentaristas mostram que gostam do assunto que falam. Parabéns pelo blog. O meu fala sobre assuntos diversos mas também fiz minha modesta analise deste filme deslumbrante:

    http://adf.ly/gZTx0

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